Construíram a casa com alicerces de puro sentimento. Uma sala de palavras, um quarto de paixão. Recantos escondidos de ternura. E nela moraram, apesar de, por vezes, os ventos conseguirem uma brecha por onde entrar. Era então que a casa se tornava desconfortável, abanando por falta da solidez comum com que são construídas todas as casas.
De alguma forma, reparavam os danos, não poupando no amor. Talvez porque nunca souberam quanto duraria, a casa mantém-se. É uma espécie de abrigo, um refúgio conhecido e desejado. Não sabem bem onde fica, sentem-na algures no peito.
quarta-feira, janeiro 24, 2007
A casa
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25 comentários:
Passei para dizer olá....
Descreveste a tua casa?
bjs
PS: Aproveitei que a mafarrica dorme doce, docemente, para vir cuscar a blogosfera...
Os silencios às vezes constroem solidez.
Obrigada pelo Brel.
bjos
Que casa tão amorosamente construída!
Linda!
Muito bonito.
Gostei muito.
:)
bela metáfora!
beijo.
Do lado esquerdo?!... :)
e não é aí que tudo se sente?!...
o Brel, o Brel...
B.
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Ainda bem que não se sabe onde fica, que só se sente... assim temos uma casa eterna...
Bjs de cristal
o sotavento pergunta se do lado esquerdo, essa casa, bem no coração?! Lembrando Clã, Manuela Azevedo, teu lado esquerdo é lindo e cabe lá essa casa...e eu construíndo ainda a minha mas já leva brisas tuas. Alice, superas-te todos os dias. Mesmo sem necessidade do Jacques Brel. Entrei nela e calei os passos e apreciei o teu silêncio (que já diz tanto, ainda que leituras não clonadas dos teus pensamentos)...take care
A construção do Amor. Que se confunde com a Vida.
Muuuita sensibilidade...
Beijos.
Construíram a casa com alicerces de puro sentimento.
este texto foi construido com alicerces de verdadeiro poeta/escritor. Parabéns.
Gostaria muito que a casa que habito, à exemplo da que tão magistralmente construíste com palavras, resista aos ventos... pois que Amor não falta.
Beijos.
Bonito. Bom dia, abraço.
Boa tarde e um abraço.
Mon Dieu, ouvir esta música linda e ler o teu post...fazem aqueles momentos especiais!
Jinhos mil
Pois... Se calhar esqueceram-se de construir as janelas.
Oir aqui...
Beijo.
Ainda bem que não sabem... assim conserva-se o SILÊNCIO.
Dark kiss.
Bom fim de semana.
Belas imagens!
Linda prosa poética... e tão autêntica!
A fotografia também é deliciosa e dá ainda mais solidez às palavras (se possível).
Começo a gostar muito de vir aqui.
Abraço
gostei da casa mas deliciei-me a ouvir Brel
um beijo doce para ti
Doce casa..Mas (há sempre um, "mas" :-) )..O AMOR é "algo" libertado e alimentado pela mente, mas nós não temos controlo sobre ele (felizmente)..controlamos sim, os afectos e, se olharmos o mundo, onde andas afectos..
Há uma tendência secular dos humanos, reparam o
efeito dos ventos "na cama"..errado tal costume..por agora me fico..
Isto não vem nos livros ahahah
sou louco..
Adorei a frase.."Recantos escondidos de ternura."
um abraço
intruso
.. Gostei também da esperança latente, da Tua prosa..
Bom Domingo
intruso
Este texto é fabuloso!
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