quinta-feira, julho 12, 2007

Ser




Ser
Ser só
Ser só simples
Ser só simples solidão

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Faço aqui um intervalo, uma breve pausa. Voltarei lá para Agosto. Para todos, boas férias ou bom trabalho, consoante o caso.

segunda-feira, julho 09, 2007

Poema incerto




Parei no lugar aberto entre o dia e a luz que cai
Sem saber de longe ou perto
Nem de alegria ou tristeza
Pairo numa luz velada, um caminho de incerteza

E enquanto as horas passam e a claridade se esvai
Sinto o avanço da sombra pelo meu poema incerto.

domingo, julho 08, 2007

Mais desafios...



Chain Blog

A mateso desafiou-me para mais esta cadeia. Como é sobre cinema, não resisti.

O que é para ti um mau filme?

- Aquele em que não consigo apreciar realmente nada desde o argumento aos efeitos técnicos, passando por todas as outras componentes. É preciso que tudo me desagrade para classificar um filme como mau.


Remakes ou sequelas: havendo apenas estas duas escolhas sem opção de recusa qual assistirias?

- Não me agradam, no geral, nem uns nem outras. No entanto, há excepções. A escolher, talvez um remake, desde que o realizador fosse bom.


Que tipo de filme português gostarias de ir ver ao cinema?

- Gostaria de ver filmes que versassem a nossa história recente. Há tanto para contar! Também gostava que os filmes portugueses agilizassem a sua linguagem. Perdoem-me os “pseudo-intelectuais”. Há muitas formas de aceder à beleza estética sem parar a imagem.


Que cliché cinematográfico já não tens paciência para ver novamente?

- A redenção do anti-herói. Se é anti-herói, que o seja até ao fim.


Qual o teu fan video preferido?

- Impossível responder a esta. Há muitos que me agradam por razões diversas. Gostava de ser capaz de fazer um sobre James Dean. Um que me agradasse a mim…


A quem desafias este questionário?

- Porque sim, desafio:

Rui Luís Lima

Ant

Helena Nunes

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Página 161

Também a Minda me desafiou para dizer aqui a 5ª frase da pag. 161 do primeiro livro que tiver à mão. Então, aqui vai, de um livro indispensável que ando a reler:

"Estes ídolos medíocres reinavam sob um céu espesso, nas praças sem vida, brutos insensíveis que representavam bastante bem o reino imóvel em que tínhamos entrado, ou, pelo menos, a sua ordem última, a de uma metrópole em que a peste, a pedra e a noite teriam feito calar, enfim, todas as vozes."

Albert Camus, A Peste, ed. Círculo de Leitores, 1974

Este desafio deixo para todos os que quiserem pegar-lhe. Podem até pôr aqui, nos comentários, as vossas frases, se assim o desejarem.


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Mais uma vez, aproveito para agradecer à Hands of time e à Brisa de Palavras o facto de terem considerado este blog uma das 7 Maravilhas da Blogoesfera. Não é por desvalorizar estes prémios que não lhes dou continuidade. Apenas teria muita dificuldade em escolher. Todos são, para mim, importantes. Cada um de seu modo. Obrigada.

quinta-feira, julho 05, 2007

Haiku para uma foto (II)




As folhas douradas
Sobre o verde da água
Bebem o sol da tarde

segunda-feira, julho 02, 2007

Sob o sol, a treva...




Por vezes vemos. Por vezes passamos ao lado. Em volta era o jardim e o sol e tudo o que um domingo deve ser. E a vontade de não ver. O desejo de ir embora, passar ao de leve para a consciência não acordar. Para não despertar a angústia. O registo ficou. Quase impúdico. Invasivo. Porquê? Se tivesse uma resposta, talvez tivesse parado. Talvez não captasse o momento, quase só como uma curiosidade.