sexta-feira, maio 29, 2009

como crianças



vivíamos como se fossemos imortais. talvez. algo de nós, pelo menos, seria imortal. pensávamos assim, como crianças que não acreditam que o que amam pode morrer. para sempre, pensam. as crianças também perdem a inocência e a realidade impõe-se-lhes. um dia. um dia qualquer daqueles em que ainda pensam que… pensam, pois. como nós pensávamos. continuamos a pensar tanta coisa… mas o que pode comparar-se a ser imortal? a ser para sempre, como seres que escapam às leis dos homens. ou dos deuses? bah… que se lixem os deuses. não me dizem mais do que o que sei. que é limitado, concerteza. os deuses mandam-me conformar à finitude. a não aspirar nada para sempre. mas eu sei. para sempre é só enquanto um pedaço de nós ainda se assemelhar às crianças. enquanto acreditarmos que o que amamos não morre.

25 comentários:

Maria Dias disse...

Naquele tempo eu acreditava:Seria feliz para sempre.Crianças têm a coragem e a audácia de sonhar.

Beijinhos

Maria

Maria Dias disse...

As crianças não teem medo,brincam no despenhadeiro e perto do fogo mas um dia elas se machucam e a coragem dá lugar ao medo.Queria ser novamente criança para poder sonhar acordada.

Quando puder venha conhecer meu novo espaço!

Maria(a do Avesso)

Mar Arável disse...

Há sempre um barco

ao longe

que nos quer sonhar

AnaMar (pseudónimo) disse...

Mas desaparece e acaba por morrer. ser criança é acreditar noutro amor. E não na morte.
Bj

jawaa disse...

Naquele tempo tudo é para sempre.
E há momentos da vida em que também o voltamos a pensar, embora saibamos a verdade.
Um beijo

Paula Raposo disse...

Claro que sim. Temos que manter sempre viva a chama de criança que fomos. Somos. Beijos para ti, Alice.

Licínia Quitério disse...

No tempo em que fomos imortais pouco sabíamos de viver. Vivíamos, apenas. E era tudo.

Sensível, nostálgico texto.

Um beijo para ti.

Ana Echabe disse...

Boa tarde !!!

Vivemos pensando que somos imortais talvez porque damos um lugar ao tempo pretérito quando depositamos na memória tudo que poderíamos ter modificado e então chutamos para o futuro o que vamos fazer para ficar melhor o que achamos não ter sido suficiente em outros tempos porem entre estes períodos existe o tempo da diferença, o presente.
Este é o modo do olhar da inocência, pois todo seu tempo de vida é tão recente, tão agora que não tem espaço para parti pris.
Por pequenos detalhes os sorrisos são mais leves e os braços mais abertos.

Um abraço acompanhado de um largo sorriso lhe desejando um final de semana ensolarado a vc.

PreDatado disse...

A sempre um Deus desconhecido a quem rezar.

Flor disse...

Eu continuo a ser uma menina bem pequenina cheia de sonhos e com vontade de os concretizar a todos sem medo de cair e esfolar os joelhos.

=)

beijinho*

(era assim que devia de ser o mundo. Para sempre.)

as velas ardem ate ao fim disse...

as crianças têm 2 coisas(pelo menos) fantasticas:sonham e têm à sua frente ua vida para ser feliz!

um bjo e boa semana

Anónimo disse...

Há sempre uma parte de nós que permance sempre criança que brinca ri e sonha...
um abraço
tulipa

Justine disse...

Aí reside, e apenas aí, a força da nossa inocência perdida e às vezes recuperada...

~pi disse...

fé e esperança

são coisas de riança!? :)




beijo




~

simplesmenteeu disse...

Ás vezes,quando já ninguém à nossa volta acredita, num lugar secreto e escondido de todos os olhares, continuamos a dizer baixinho - para sempre!...
E é esse segredo que nos mantem vivos.

Um beijo

Manuel Veiga disse...

texto muito belo...

o que amamos não morre. reveste novas realidades.

beijo

mena maya disse...

Que belíssimas palavras neste dia que que a minha mãe, que tenho para sempre comigo, fazia anos...

Beijinho

Susn F. disse...

A crença da inocência que devemos preservar. Não é fácil...

Beijo

Violeta disse...

E, como crianças, custa tanto acreditarmos que já não podemos acreditar...
bjs

Nina Owls disse...

Crianças ou não, cabe-nos construir espaços e preenchê-los com vida. A vida perpetuar-se á através dos outros e das memórias que construímos de tudo. Ser mortal depois de se ser criança é um pormenor. Já não vinha cá desde a chuva. Beijo, Alice

Nota: O jornal I tem um desafio que me fez lembrar de ti, as melhores fotografias de cidades como amsterdam, nova yorque, veneza, marraqueche etc terão uma resma de prémios. Tu tens belissimas fotos de cidades incluídas no desafio. Só tinhas que enviar. Bom fds, oh lisboeta do mundo

in_side disse...

para morrer

o que

amamos

teríamos

que morrer

primeiro...





*

in_side disse...

[ e mesmo assim,

não estou

certa,




*

Laura Ferreira disse...

Ainda sou criança hoje, quando me sento na praia a reflectir e a olhar precisamente para a imagem que tens aqui... porque nós podemos ser aquelo que quisermos...

Lmatta disse...

belo texto
beijos

Maria Clarinda disse...

Sim como é bom ser criança e acreditar...depois...
Jinhos mil de carinho