vivíamos como se fossemos imortais. talvez. algo de nós, pelo menos, seria imortal. pensávamos assim, como crianças que não acreditam que o que amam pode morrer. para sempre, pensam. as crianças também perdem a inocência e a realidade impõe-se-lhes. um dia. um dia qualquer daqueles em que ainda pensam que… pensam, pois. como nós pensávamos. continuamos a pensar tanta coisa… mas o que pode comparar-se a ser imortal? a ser para sempre, como seres que escapam às leis dos homens. ou dos deuses? bah… que se lixem os deuses. não me dizem mais do que o que sei. que é limitado, concerteza. os deuses mandam-me conformar à finitude. a não aspirar nada para sempre. mas eu sei. para sempre é só enquanto um pedaço de nós ainda se assemelhar às crianças. enquanto acreditarmos que o que amamos não morre.
sexta-feira, maio 29, 2009
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25 comentários:
Naquele tempo eu acreditava:Seria feliz para sempre.Crianças têm a coragem e a audácia de sonhar.
Beijinhos
Maria
As crianças não teem medo,brincam no despenhadeiro e perto do fogo mas um dia elas se machucam e a coragem dá lugar ao medo.Queria ser novamente criança para poder sonhar acordada.
Quando puder venha conhecer meu novo espaço!
Maria(a do Avesso)
Há sempre um barco
ao longe
que nos quer sonhar
Mas desaparece e acaba por morrer. ser criança é acreditar noutro amor. E não na morte.
Bj
Naquele tempo tudo é para sempre.
E há momentos da vida em que também o voltamos a pensar, embora saibamos a verdade.
Um beijo
Claro que sim. Temos que manter sempre viva a chama de criança que fomos. Somos. Beijos para ti, Alice.
No tempo em que fomos imortais pouco sabíamos de viver. Vivíamos, apenas. E era tudo.
Sensível, nostálgico texto.
Um beijo para ti.
Boa tarde !!!
Vivemos pensando que somos imortais talvez porque damos um lugar ao tempo pretérito quando depositamos na memória tudo que poderíamos ter modificado e então chutamos para o futuro o que vamos fazer para ficar melhor o que achamos não ter sido suficiente em outros tempos porem entre estes períodos existe o tempo da diferença, o presente.
Este é o modo do olhar da inocência, pois todo seu tempo de vida é tão recente, tão agora que não tem espaço para parti pris.
Por pequenos detalhes os sorrisos são mais leves e os braços mais abertos.
Um abraço acompanhado de um largo sorriso lhe desejando um final de semana ensolarado a vc.
A sempre um Deus desconhecido a quem rezar.
Eu continuo a ser uma menina bem pequenina cheia de sonhos e com vontade de os concretizar a todos sem medo de cair e esfolar os joelhos.
=)
beijinho*
(era assim que devia de ser o mundo. Para sempre.)
as crianças têm 2 coisas(pelo menos) fantasticas:sonham e têm à sua frente ua vida para ser feliz!
um bjo e boa semana
Há sempre uma parte de nós que permance sempre criança que brinca ri e sonha...
um abraço
tulipa
Aí reside, e apenas aí, a força da nossa inocência perdida e às vezes recuperada...
fé e esperança
são coisas de riança!? :)
beijo
~
Ás vezes,quando já ninguém à nossa volta acredita, num lugar secreto e escondido de todos os olhares, continuamos a dizer baixinho - para sempre!...
E é esse segredo que nos mantem vivos.
Um beijo
texto muito belo...
o que amamos não morre. reveste novas realidades.
beijo
Que belíssimas palavras neste dia que que a minha mãe, que tenho para sempre comigo, fazia anos...
Beijinho
A crença da inocência que devemos preservar. Não é fácil...
Beijo
E, como crianças, custa tanto acreditarmos que já não podemos acreditar...
bjs
Crianças ou não, cabe-nos construir espaços e preenchê-los com vida. A vida perpetuar-se á através dos outros e das memórias que construímos de tudo. Ser mortal depois de se ser criança é um pormenor. Já não vinha cá desde a chuva. Beijo, Alice
Nota: O jornal I tem um desafio que me fez lembrar de ti, as melhores fotografias de cidades como amsterdam, nova yorque, veneza, marraqueche etc terão uma resma de prémios. Tu tens belissimas fotos de cidades incluídas no desafio. Só tinhas que enviar. Bom fds, oh lisboeta do mundo
para morrer
o que
amamos
teríamos
que morrer
primeiro...
*
[ e mesmo assim,
não estou
certa,
*
Ainda sou criança hoje, quando me sento na praia a reflectir e a olhar precisamente para a imagem que tens aqui... porque nós podemos ser aquelo que quisermos...
belo texto
beijos
Sim como é bom ser criança e acreditar...depois...
Jinhos mil de carinho
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