domingo, dezembro 03, 2006
Escritos da chuva (III)
Chove
Eu sei que chove
Lá fora no asfalto não há som de passos
É noite
Comigo caminham os inquietos
Os que sonham de olhos bem despertos
Os que esperam algo que não chega
Mítica mistura de desejo e esperança
Comigo vagueiam os que dizem loucos
Os muito lúcidos de olhos abertos
Os que não sabem se estão longe ou perto
Todos os que escutam na noite escura
A chuva a bater no asfalto deserto.
Foto by jaQb jacher
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
27 comentários:
eu vou...
contigo.
beijo.
_____________________
E que doce companheira é por vezes a noite!...
Posso ir também?
Beijinho
eu tou indo nessa tua caminhada...contente pela companhia e completamente acordada.
ah, o tom waits dedicou-te uma música, espero que não te importes, postei-a em tua homenagem...abraço, alice
Equipa que está a ganhar, espera
enquanto que a que está a perder, desespera
Parvoíce, dirás tu!... :)
presente para a caminhada! (mesmo constipada!)
gostei bastante!!
Sou uma mistura de todos esses de quem falas, por isso acompanho-te, ainda que à distância da net.
A noite, cumplice secreta e serena...
Belo poema!
E quem nunca ouviu a chuva cair no asfalto, pelo menos uma noite na sua vida?
Lindo! Bjos
Cris
Belissimo.
Abraço
lindooo...
chove chove chuva sem parar...
e chove o que chove, porque todos os que esperam algo que não chega, com o som da chuva, ficam com os olhos ainda mais abertos e o coração mais esperançado.
um beijo da miudaaa
Caminho contigo debaixo da mesma chuva.
Inquieta.
Sonhadora.
Esperaçosa.
Louca.
Lucida.
Longe
ou
perto
Caminho contigo debaixo da mesma chuva.
Lindo_____________________________
Até já.
Isabel
A noite é mesmo companheira de poetas.
Com olhos rasos de...chuva.
Beijo.
Posso ir contigo???
Belíssimo texto.
:)*
O som da chuva é aconchegante desde que haja aconchego no coração de quem a ouve. Aqui .. há desorientação e vácuo no coração daqueles que, por razões várias, só ouvem o martelar das gotas no asfalto... Bejinhos muitos. Retribuo os votos de boa semana! :)
Você sempre inspirada e sensivel !
Um lindo texto em um belíssimo blog !
É quando o deserto mora aqui.
E o reflexo da chuva ali.
Estando aqui.
Neste..
deserto!
Reconfortante?
Sinto que sim.
...
que versejar excepcional!
como conheço esse som de passos, quase inaudíveis: noite após noite, ao longo de toda uma vida... a caminhada dos inquietos, insônes...
um abraço carinhoso, amiga-irmã.
poema à flor da sensibilidade. muito belo...
Longe vai o bico da pena trilhando mapas, acendendo astros...tão longe se aveluda a asa que o ouvi- do anima ...serenamente rufa a asa da rima.
Belíssimo este teu poema :)
Um beijo
Fui a um texto meu antigo e redescobri-te lá comentando. E então vim aqui uma vez mais.
Comecei a ler o teu poema e fiquei a aguardar para ver, no final, que autor consagrado o escrevera.
Não vi lá nenhum nome, porque a autora és tu e fico de olhos me abertos à conta disso... Está lindo!
Lindo! Parabéns!
E um abraço.
* Não me perguntes o que faz aquele "me" no meu comentário anterior. Seria um "bem"? Não sei, mas mal também não faz, lol :-)
Contigo eu estou, nessa mistura de gente sem passos, que não sabem onde estão ou esperam algo que não chega... quando temos não esperamos nada, se calhar descobri agora que só o que não temos nos faz falta, porque o que temos está ao nosso lado... bem vou parar que ainda me baralho a ti e a mim...
adorei o silêncio da tua chuva.
beijinho
Aqueles que só sentem a chuva por dentro.
A chuva é uma doce companhia para quem compõe poemas e letras musicais, o seu som é muito nostálgico e avassalador...principalmente quando se está sozinho...no mundo!
bjs
testando
Enviar um comentário