quinta-feira, março 12, 2009

Mil anos passados


Disseste
Mil anos passados e aqui estamos
O aroma e a luz, os mesmos, exactos
Os olhos que se penetram
E a voz de murmúrio para dizer
Coisas guardadas no fundo de nós
Ou a gargalhada que se liberta
Num só momento único cúmplice
Mil anos passados
Lembrei-te eu
Somos os mesmos que ontem se foram
Aqui, no sítio de sempre
Que, de encanto, tem o que lhe damos
Mil anos passados
O tempo não é corcel que nos transporta
Em louca correria
Mas breve passagem não percebida
Como se fosse ontem.

Esquecemos a história daqueles tempos
Que não o foram dentro de nós
Iguais
E mil anos passados…

27 comentários:

Paula Raposo disse...

É. Mil anos passados...um dia eu entenderei. Beijos e gostei de te ler, Alice.

Violeta disse...

se soubessos o significado desta poesia para mim?
bjs e obrigada

Anónimo disse...

mil anos passados!
um piscar na essência da alma

ontem e amanhã.

belo poema!

Ana Echabe disse...

Remexi no passado,
vivido por nós,
lembranças minhas.
Não eram iguais
porque foi eu
quem abriu a caixa
do mil passado.
algumas poucas horas
passadas.
Adorei.
Bjs

CNS disse...

Mil vezes o olhar sobre o nosso pretérito...

um beijo

Conversa Inútil de Roderick disse...

Uma eternidade, dentro de muitas...

Amaral disse...

Mil anos passados como se de uma nesga de segundo se tratasse...
Como aquele momento cúmplice que sentimos existir, mas que nos faz andar em correria desgovernada...
O tempo só é "tempo" tal como ele dirige cada vida... e cada vez mais a sua "velocidade" nos atropela...

Maria Dias disse...

O tempo passa mas as pessoas nao mudam...Por dentro continuamos os mesmos um pouquinhos recortados e ajustados mas os mesmos...

Beijos

Manuel Veiga disse...

"O tempo não é corcel que nos transporta
Em louca correria
Mas breve passagem não percebida
Como se fosse ontem..."

a essência da palavra poética. que submete o tempo e a memória à ordem dos afectos. que perduram...

belíssimo poema.

beijo e beijo

Anónimo disse...

e quando um só dia tem mil anos? :) um grande beijinho.

Mateso disse...

Tempo voado em segundos de presente.
Bj.

Klatuu o embuçado disse...

Mil anos é só um piscar de olhos da eternidade... ;)

Benó disse...

O esquecimento não é total. Fica sempre uma lembrança, mesmo mil anos passados. Nem que seja o som duma gargalhada.
Gostei de te ler.

Lmatta disse...

bela foto
belo poema
beijos

Justine disse...

Beleza, perplexidade e nostalgia nas palavras, reforçadas pela foto triste e bela...

mundo azul disse...

___________________________________


...é bastante tempo!


Bonito poema!


Beijos de luz e o meu carinho...

_________________________________

Anónimo disse...

O Tempo, esse invisível companheiro... é aquilo que cada um de nós quiser...

Que ele te sorria.

Mel de Carvalho disse...

Alice, "mil anos passados" e aqui venho lê-la com muita estima e deixar-lhe aquele abraço.
Grata pela partilha

Mel

PreDatado disse...

Mil plavras de simpatia para quem assim escreve.

vieira calado disse...

Mil anos... por vezes, não são nada.

O que conta é a hipérbole.


Cumprimentos meus.

Anónimo disse...

Olá,

regresso a este belo poema para te dizer que tens um selo no do Inatingível.

Vicente

Laura Ferreira disse...

Mil anos passados, estaremos aqui a ler-te...um beijo, boa semana.

Mαğΐα disse...

E mil anos passados recuam as recordações mil anos atrás como se mil anos não tivessem passado...

~pi disse...

nada é mil anos

passado k não há senão pres

sente,



beijo




~

Dani disse...

fizeste de todo o passado o mais que perfeito.

:)

beijo, Vida!

dona tela disse...

Mil anos? Eu acho muito tempo, mas o que é que eu sei disto?

Muito boas tardes.

Oliver Pickwick disse...

De certo modo, não percebermos a passagem do tempo é bom. Esquecemos das angústias, ansiedades e dos momentos ruins. Além de circunstância inspiradora para poesias como esta.
Um beijo!