
Não há dourado
Como o das folhas secas
Na margem da vida
Sol já vivido de dias inteiros
Futuro de alegrias verdes
Doces de mel nas mãos do passado.
Belos são os tons das tardes que tombam
Cedo
Sobre um mar de azul saturado
Onde as sombras marcam as rugas das ondas.
Vejo olhos brilhantes na espuma que bate
Em rochas de outrora
Como os sonhos que lentamente
Se espreguiçam na doçura do poente
Sabendo que em breve partirão
Levando-nos com eles nos barcos inventados
De onde não há regresso.
As tardes são cada vez mais curtas
E os caminhos feitos para os nossos pés
Têm longos tapetes de folhas de Outono
Douradas.
[Volto para a semana. A quem puder, desejo umas boas mini-férias.]