quarta-feira, outubro 28, 2009

do lento movimento das tartarugas



do lento movimento das tartarugas
que não apressam as horas eternas
da cíclica rota dos ponteiros do relógio
do voo das folhas ao ritmo das estações
do tempo, do implacável tempo
de tudo te diria hoje
não fora o dia lembrar
o que em mim está perene e vivo
dádiva guardada no caminho do olhar


foto by Mark Hamilton

12 comentários:

Manuel Veiga disse...

intemporais são os afectos. guardados como dávida de vida...

Poema belíssimo. gostei muito.

beijo

hfm disse...

Da memória, da poética, dos eternos afectos. Gostei. Muito.

Nina Owls disse...

do movimento de rotação da cadeia alimentar ao estrangulamento de afectos que a morte traz, te diria hoje
(e por lembrar do dia de ontem)
que a vida se obedece a si mesma e se esgota na impotência humana.

Tétrica, right?
Abraço desta tartaruga que continua a perder e a não aceitar as perdas.

Secreta disse...

Os movimentos sejam lentos ou apressados não apagam o tempo.

Maria Dias disse...

Esse tempo q mexe com a gente e nos arrasta lento ou não...

Beijos


Maria Dias

Anónimo disse...

Queria poder andar devagar como as tartarugas sem ter de apressar nada...
um abraço
tulipa

mfc disse...

Tudo diríamos... que é o que dizemos, quando já não podemos dizer!

Maria Clarinda disse...

Lindo!!!Tinha saudades de te ler!
Jhs

Lmatta disse...

lindo poema como sempre
beijos

A Lei da Rolha disse...

Uma imagem muito deprimente para um texto tão bonito.
bjs

ruth ministro disse...

Cá estive para te ler, como sempre, com muito gosto.

Beijos

jawaa disse...

Um belíssimo poema!
Um abraço