segunda-feira, julho 02, 2007

Sob o sol, a treva...




Por vezes vemos. Por vezes passamos ao lado. Em volta era o jardim e o sol e tudo o que um domingo deve ser. E a vontade de não ver. O desejo de ir embora, passar ao de leve para a consciência não acordar. Para não despertar a angústia. O registo ficou. Quase impúdico. Invasivo. Porquê? Se tivesse uma resposta, talvez tivesse parado. Talvez não captasse o momento, quase só como uma curiosidade.

39 comentários:

M. disse...

Não terá sido um silencioso olhar de ternura?

ContorNUS disse...

gostei do momento, retratado com a suavidade das sílabas ;) voltarei

Anónimo disse...

Um olhar que vê e que tenta com que o coração não sinta ... Respostas , soluções ? Não as há ...
Beijito.
Boa semana.

A.S. disse...

Por vezes é melhor passar incólume e distante das sombras que teimam em perseguir-nos...


Um beijo!

Amaral disse...

O tal momento, por vezes, ou quase sempre, passa-nos ao lado, sem que nos apercebamos dele.
O porquê estará sempre na nossas forma de estar... consciente!

PintoRibeiro disse...

Os males estão certamente à esquerda e à direita. Ideológicamente, mais à esquerda, por certo, que não em tudo.
O Mal, esse por todo o lado, sem esquerda nem direita.
Belíssimo este teu.
Sem muito tempo e com ( muitas ) dores, eu.
Bjinho.

Maria Clarinda disse...

Simplesmente divinal!!!!
Jinhos mil

naturalissima disse...

Magnífico este teu sentir, este teu olhar... sensibilidade à flor da pele da consciência.

Uma bela semana

spring disse...

olhar a paisagem e descobrir a tranquilidade adormecida
beijinhos
paula e rui lima

Anónimo disse...

Tudo tem sim...uma resposta, deixa sentir o que o teu corpo sente...
Tudo tem uma solução.

Meu doce beijo

Espaços abertos.. disse...

Tudo tem uma soluçao ,basta o tempo falar por ele.
Bjs Zita

Unknown disse...

Os momentos nem sempre os vivemos...
um abraço brisa de palavras

maria josé quintela disse...

ainda que seja mais agradável tudo o que é iluminado, a vida é composta de luz e sombra! fica o teu instantâneo para o lembrar.
um beijo.

Carla disse...

o silêncio de um momento...
Passei por aqui e no meu rastro deixo um desejo e um beijo... Boa semana.

Mateso disse...

Ver apenas os tons e não as cores.É, talvez parte do todo, mas chega...para o olhar e também para o sentir...
Um pedaço de alma. Gostei.
Bj.

M.P. disse...

São mais as vezes que não vemos do que as que vemos. Há vezes que não queremos mesmo ver!... Boa semana. **

Ka_Ka disse...

Modula o rouxinol violino alado
as notas musicais da serenata
trovas de oiro e de rosas carmim
na alvura doce do luar coalhado…
Cantam em coro cigarras à desgarrada...
Fura o ralo o fino ar...negro cetim...
na estridência fina de um flautim
pelo trombone do sapo acompanhada...
Das profundezas místicas da mata
cai de uma fonte um harpejar sem fim…
Murmura ao longe a negra ramaria…
Das pedrinhas do rio são arrancadas
notas líquidas verde desmaiadas…
Soa em surdina, o vento em correria…

Teresa David disse...

Uma imagem captada com palavras que poderiamos todos alterar ou não. Ambas bem tratadas.
Bjs
TD

Cris disse...

palavras gentis para um momento de intimidade solitária (e partilhada).


Lindo!

C.

CNS disse...

Ver apenas o que não nos cega...

Muito bonito.

Nomundodalua disse...

ficamos tão preocupados em observar tudo, registrar e guardar que perdemos o momento..o fenomeno..
o que a vida afinal neh??
:)
namastê
x**

PintoRibeiro disse...

Vim deixar-te um beijinho.
KINHA.

A Lei da Rolha disse...

Adorei o texto, a foto é relaxante...esses domingos têm de ser relaxantes, faz bem ao espírito!
bjs

Isabel José António disse...

Cara Amiga Vida de Vidro,

ESte seu post é muito curioso. Se o homem que está deitado, está a repousar, claro que a situação é diferente do que se fôr um sem abrigo. (Peço desculpa mas o nosso computador não me permite dintinguir qual é a situação.

Se está a repousar... que bom. Um momento de tranquilidade é sempre bom....

Se é um sem abrigo (eufemismo para camuflar os que não sêm nada e estão à míngua)o efeito do adormecimento desta sociedade é assim que se vê. Parece que não temos nada com isso. Volta-se a cara para o outro lado e aí vamos nós ligeiros e, depois de alguma distância já nem pensamos nisso.

É esse o efeito do condicionalismo que a sociedade nos impõe e que, sozinhos pouco poderemos fazer.

O que resolveria a situação era uma mudança de política (nem do partido A, B ou C. Mas uma política que tivesse por base o SER e não o TER.

É por esta grande ignorância, esta confusão enorme que dura há milhares de anos (só mudam os meios empregues, agora muito mais sofisticados e recorrendo a técnicas de psicologia do marketing)que o Planete Terra está como está.

O TER inclui: ter poder, controlar, manipular, manietar, distrair, usar de violência se preciso for, adormecer e/ou condicionar. O TER é usado por quase todos os quadrantes políticos. Ninguém está isento.

Mas se formos informando, fazendo ver que o SER é essencial e o TER é uma circunstância, talvez ainda possamos ir a tempo de nos mudarmos e de mudar quem de nós estiver próximo.

Enviei-lhe um mail com receitas vegetarianas.

Um abraço

José António

as velas ardem ate ao fim disse...

Dualidades.

Gostei muito deste momento de ternura curiosa...

bjinho

vieira calado disse...

Um texto esbelto, sereno. Gostei.

AMOR&TERNURA disse...

Estiro-me no leito preguiçosa,
A música minh’alma embala,
Minha pele só volúpia exala
Recendendo a rubra rosa.

Os sentimentos perdidos em orgia
Fundem-se aos desejos do corpo
E em ebulição me levam ao topo
Do monte da louca fantasia.

Acariciá-me a mão da brisa marinha.
Sonho. Imagens passam lentamente.
Mas o filme termina de repente,
Assusto-me, estou na platéia sozinha...

bjus Ternura...

Maria Carvalhosa disse...

É tudo tão verdade, Vida de Vidro. E como tu exprimes bem esse comportamento tão característico, afinal, de quase todos nós!

Um beijo.

Bernardo Kolbl disse...

Vim a correr só deixar um abraço de bom dia.

irneh disse...

Há momentos que, para ficarmos com a ilusão de que estamos mais tranquilos, é preferível não registar. Pode ser que o tempo apague e a realidade não seja exactamente o que vemos. Imaginemos que se trata apenas de alguém que precisa descansar um pouco da intensidade ofuscante do sol. Pode ser...
Beijinhos

mixtu disse...

passamos ao lado, muitas vezes...
excelente momento descrito ou pintado

abrazo europeu

Hands of Time disse...

excelente como sempre!

Anónimo disse...

Passamos ao lado, ou para nao nos magoarmos, ou porque nao sabemos aproveitar o bom.. adorei a foto e o texto!beijinho

nOgS disse...

Momento de magia, esplendor e de uma beleza literária fenomenal.

Um abraço

Anónimo disse...

Ola,

Quantas vezes não fechamos os olhos na esperança vã de não sermos vistos...
Como se de repente ficassemos invisiveis quando não queremos ver certas realidades...
Não diria que se trata de egoismo mas sim de medo ... medo de sofrer... medo de ver sofrer...

Beijo
Vity

Páginas Soltas disse...

A fotografia pode ter várias interpretações.

Mas seja qual for... foi o momento exacto para o sentires.

Beijinhos

Maria

un dress disse...

momento:

a suspensão pode tocar subitamente a esssência.


inesperadamente...



*

D. Maria e o Coelhinho disse...

NA NOITE PASSADA APARECEU-ME

O(A) FANTASMA

DA FRUTA

QUE PERSEGUE O COELHINHO.
QUE HORROR!

D. MARIA

R Lima disse...

Brla foto... combinando com texto..

Em tempo, estou divulgando meu blog... Estou numa seqüência de 12 dias e 12 textos.. passa por lá.. o AveSSo agradece.


[ http://oavessodavida.blogspot.com/ ]

O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...