Tudo se crispa por dentro, num enrolar de alma que a leva para um mundo em que nada a pode magoar. Secam as fontes dos olhos, muito abertos, que fixam duramente quem se aproxime. O sorriso perde-se no rictus dos lábios. Fala por monossílabos, como se uma simples frase lhe fosse penosa. Varre para fora do seu mundo tudo o que lhe amoleça o coração. Vozes, gestos, sorrisos. Quer o vazio, o nada, pois só dentro dele se sente imune à dor.
Foto by andreas hering
3 comentários:
Lindo!
Depois de ler alguns dos teus post, este chamou-me á atenção...
Talvez porque quando todos me vêm rir, nem imaginam o esforço que fiz para transformar as lágrimas internas em sorrisos externos.
A dor, seja do que for, sente-se e depois depende de quem a sente, saber lidar com ela.
O vazio, assemelha-se á dor, por vezes a dor é tão latente que não preenche qualquer vazio, mas arrasa-o....
Não me sinto vazia, nem com dor neste momento, mas há momentos que são insuportáveis, e logo eu que sinto tudo tão intensamente....
Gostei que me tivesses visitado. Gostei de te visitar.
Voltarei....
Beijos para ti
gosteiiiiiiii
"Quer o vazio, o nada, pois só dentro dele se sente imune à dor."
jocas maradas
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