by Monica Iorio
As palavras custam-me. Empastam-se, enrolam-se nos dedos. Não digo que se prendem na boca. Nunca tentei dizê-las. Param no caminho entre a mente e as mãos que escrevem. O pensamento é demasiado complexo. Existe um poema incompleto que não se sabe dizer. De contradição em contradição procuro a unidade. A impossível unidade. E as palavras doem-me, fogem para alguma parte de mim que não alcanço. Estranhas como sons vazios de sentido. Falas de alguma personagem que inventei mas não conheço.
[De volta, lentamente e procurando as palavras...]
22 comentários:
Às vezes as palavras teimam em fugir...espero que as encontres e as partilhes connosco.
Estranhamente intenso...e quando dizes que doem essas palavras sem sitio ainda, chegam a doer, a empastar, como se fosse nosso isso que sentes.
A seu tempo vocês irão encontrar-se como quando se revê um velho amigo de quem se perdeu o contacto.
beijinho no coração*
Mas como pode alguém cujas palavras lhe fogem escrever um texto tão bonito?
beijos
As palavras são assim...beijos.
E que bom ter te aqui...
um bjo
as palavras "habitam-te". em poesia. sempre...
belísssimo regresso.
beijos
A elevação que as palavras ganham na poesia... parabéns
Chris
Quando as encontrares, vais encontrar-te.
Pois, as palavras também às vezes levam o seu tempo a regressar aos seus hábitos. Gostei muito deste teu texto.
As palavras são seres vivos
por vezes
também respiram por guelras
Força com as tuas
A constante impossibilidade de dizer e de calar...
Mas encontrarás um caminho:))
Muitas vezes as palavras se enrolam, enrolam... e só encontramos nas palavras dos outros o que queríamos dizer.
Faço minhas as tuas...
Bjinhos
Olá
passei para dizer que abri um novo cantinho.
E contudo
há frases e olhos que se cruzam. Sem espelho e num vazio longínquo que visitamos, estranhos uns aos outros. Ansiando, mesmo assim, a mesma lonjura.
Bjinhos
A Bettips tal como Laura, engana-se, no lugar onde está. Nunca no lugar "para onde quer ir". Pois é o lado oculto da lua... já não há paciência para:
o que se sabe
o que se julga saber
o que se quer que saibam
o que se adivinha
o que se deixa adivinhar
o que se quer dizer
o que não!
Múltiplos, os espelhos de vidas envidraçadas.
Bj
Um bjinho
Oh!
Ouço um sopro
Do vento
Nele vejo som de seu pensamento
É feito brisa
Então deixo entrar suavemente
Pela derme
Até que eu esteja preparada
Pra te ouvir falar.
Dentro do nosso tempo.
Abraço longo com sorriso largo
Para uma semana radiante a vc.
As palavras que nos saem são, o mais das vezes, reflexo do estado de espirito que nos tolda o momento, ou têm a ver com algo que nos sucedeu e tem imperativamente de ser aligeirado, através desta forma de catarse que nos é tão cara... as tuas palavras são preciosas.
Um beijo
Jorge
e elas... procuram-te?...
*
deixá-las correr,
[ mansamente ~
beijo
Palvras? Não tenho ...fico a ler-te deliciosamente em silêncio!
Jinhos mil
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