segunda-feira, agosto 10, 2009

era eu?


se o sol entrar pela vida sem pedir licença, como falarei sem estilhaçar o frágil cristal da memória? por vezes digo “lembras-te”, só porque queria que te lembrasses. sei que se vão apagando os pormenores, os locais já são só aguarelas sem forma. na verdade, as cores escorrem na tela deixando um borrão indecifrável. era eu ou outra de mim? tantas, tantas foram… tantas sou! ainda que não as reconheças. tento não destruir o que ficou gravado nas paredes transparentes que ecoam dentro de mim, sem (me) te ferir. mas ainda não estão maduros os sons simples da verdade. a urgência reside apenas na dúvida da estação certa.

25 comentários:

Su disse...

adorei..............ler.t

jocas maradas

Ana Echabe disse...

Ola,
A urgência não seria estagio do tempo,
E ele nada mais é do que um movimento de um estado nosso.
Então o tempo é uma materialização de um momento criado pelo inconsciente.
Sendo assim então sou eu dentro de todos os meus eu, em movimentos cíclicos, para refazer todas as possibilidades de minhas certezas, na qual ainda não tenho quase nenhuma.
E a memória, não se manifesta pelos os estímulos do prazer?!
O sol é uma boa fonte de energia.

Desculpa-me por ter me estendido, mas estava tão interessante, pois são 3pontos forte, distantes e muito interligados.
Bjinhos e uma boa semana.

~pi disse...

? se há

estações

[ certa estação,



beijo




~

Violeta disse...

é assim que me sinto, por isso compreendo-te muito bem.
bjs

entremares disse...

"Era eu"?
Perguntas tu. Ou talvez sejam só as estações a mudar, como tudo. Quantos rostos temos, quantas vozes entoamos?
O "TU" verdadeiro será este, o do verão? Ou serás mais autêntica no cinzento amarelado do outono?

Saberás tu a resposta?

mfc disse...

Nós e as nossa memórias que doem...

Paula Raposo disse...

Como saber da estação certa?! Muitos beijos.

A Lei da Rolha disse...

VOLTEI!
abraço

Lmatta disse...

gostei
beijos

Manuel Veiga disse...

ficarão traços indeléveis. como texturas transparentes. que entretecem as urdiduras da vida...

belíssimo.

beijo

PreDatado disse...

tantas metamorfoses...

dona tela disse...

Desculpe a ausência, mas este calor...

Mar Arável disse...

Texto sincero

na minha convicção

que até o sol

se conquista

ou não

Maria Clarinda disse...

Lidas as tuas palavras...ler-te devagar...bebendo cada palavra tua, continua a ser o que eu chamo "momentos mágicos"...Obrigada!Jhs mil

as velas ardem ate ao fim disse...

emocionaste me...

um bjo

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Maravilhoso texto!
Sensibilidade,sentimentos...

Um abraço

Madrigal disse...

Gosto da tua prosa poética. Denota sensibilidade e bom gosto.

Um beijo

Jorge

Flor disse...

é viciante ler-te...

biju

Marinha de Allegue disse...

Xa estou de volta por aquí...

Unha aperta.
:)

Licínia Quitério disse...

Muito belo este texto. Quando saber do tempo certo?!

Um beijo.

A Lei da Rolha disse...

Texto lindo!
bjs

Oliver Pickwick disse...

Somos assim mesmo, muitos ao longo da linha da vida, mas guardando o essencial para as próximas faces. Ainda bem!
Depois de uns tempos fora, estou de volta.
Um beijo!

M. disse...

No hábito de perguntar talvez vamos encontrando algumas respostas.
Gostei muito.

Laura Ferreira disse...

passei, li e gostei.

jawaa disse...

Que linda imagem de luz e palavras.
Um abraço