sábado, fevereiro 07, 2009

o que devia estar perto



traz o ar um prenúncio
ou talvez um sussurro
pronunciado
pressentido
vem no vento a incerteza
do que devia estar perto
aberto
cavalga a pura brisa
um áspero sopro de secura
as ondas que me atingem o peito
convocam lembranças revoltas
nas mãos tenho só a brancura do sal
líquido sabor que as molha gota a gota



________________________



Obrigada, Maria Dias. Este prémio é para todos os que aqui passam.


32 comentários:

JPD disse...

Belíssimo poema, Vidro.

Bjs

Justine disse...

Poema fulgurante de silêncios iniciais, de sabores, de sentires.

Violeta disse...

traz o ar um prenúncio ...
gosto desta sensação.

Anónimo disse...

Incerteza se faz presente...

Tem prémios, terno beijo

Nina Owls disse...

sobre o poema, está magnifico desafia-nos o ficar á escuta...quanto ao pronuncio, será vitória do benfica em terras do dragão? Tomara, Alice, a torcer contigo. bj

in_side disse...

doce sabor de sal

só sal memoria




*

Licínia Quitério disse...

Pensamento a dois. O mar sempre sabe...

Um beijo.

Paula Raposo disse...

Maravilhoso o teu poema. E a foto idem. Gostei muito. Beijinhos.

Laura Ferreira disse...

E eu "ouvi" estas palavras ao som das ondas...

Fá menor disse...

... e o sal que molha o rosto não é mais do que uma onda trazida pelo vento.

Bjinhos

Lmatta disse...

muito boa foto
lindo poema
beijos

AnaMar (pseudónimo) disse...

o prenúncio de uma gota de sal (uma lágrima?)

Lindo o teu poema, Vida.

Jade disse...

Um poema de memórias...
Gosto deste teu cantinho e daquilo que escreves

Mar Arável disse...

Gota a gota

se vai ao longe

Secreta disse...

Nem sempre está perto o que desejamos , ou precisamos...
Beijito.

Paulo Lopes disse...

Palavras que lidas em voz alta e, sem surpresa, se transformam em música. Fortes, recusam-se a ir no vento e permanecem, para tornar mais doce e suave o prazer de fechar os olhos.

Sublime.

Mαğΐα disse...

Há sempre o prenúncio de Primavera quando o presságio do inverno da alma nos atinge...

Maria Dias disse...

Esse poema me fez sentir uma saudade ou algo que era para ser e não foi.Belas palavras bordadas por ti num lenço branco de saudade.

Beijos

[ rod ] ® disse...

Prenúncios ou presságios de uma vida do porvir... vida que remete a um dois.

Bjs moça,









Novo Dogma:
convenHamos...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

jorge esteves disse...

Por agora o mar agita-se, revolve-se, inquieta-se enquanto a Terra, sua alma gémea, começa a espreguiçar-se e a aninhar o ventre à Primavera...

abraços!

Nilson Barcelli disse...

As lágrimas, por vezes, lavam a alma.
Outras vezes nem tanto, são a amargura da distância...
Em qualquer caso o teu poema é magnífico, gostei muito.
Beijo.

Anónimo disse...

Como é, ser o prenúncio de algo ?

angel bar disse...

Mar... Paz. Excelente.

Menina do Rio disse...

No sopro da brisa, as lembranças...

Te deixo um beijo

Manuel Veiga disse...

talvez o rumo da brisa mude. e todos os prenuncios sejam possíveis.

muito belo.

beijo

Anónimo disse...

Agradeço duplamente.
O poema e o prémio.

É sempre um gosto passar por aqui

Lmatta disse...

pela foto
pelo poema
beijos

mena maya disse...

Poema forte com cheiro a maresia...

A foto um encanto!
Posso sentar-me aí um bocadinho?

Hercília Fernandes disse...

Belíssimo poema, Vida. Cheio de imagens ligadas à natureza, que colam em nossa pele boas sensações marinhas.

Lindo espaço. Irei navegar, com muito prazer, em suas belas águas.

Beijo,

H.F.

tulipa disse...

UMA SURPRESA:

QUEM
QUISER
VER
MAIS FOTOS DA MINHA EXPOSIÇÃO
PODERÁ
IR A ESTE BLOG:

http://nunoalexsousa.blogspot.com/

ACONSELHO VIVAMENTE.

O MEU "PADRINHO"
fez-me uma surpresa
e um miminho,
em vir à Moita ver a exposição e fotografá-la.

Bom fim de semana.
Abraços.

Ad astra disse...

como sempre um poema lindo
trazido na brisa

M. disse...

Belíssima a expressão "líquido sabor".