by Irving Rusinow
Longe de todos os sonhos. Dia de
enxurradas sem chuva. Pó, apenas. Agarrado ao chão, nem sequer dançante na
revolução do vento. Assim hoje e todos os dias deste tempo indeciso. Tudo
entranhou a cor da terra seca. Infecunda na amargura de se despedir do amanhã.
Seria assim no sempre que lhe restava? Talvez a inquietação, sim. A dúvida
acordada. Um olhar longo para lá do pó. Tímida sobrevivência. A espera.