domingo, julho 17, 2011

quando a noite

quando a noite alastra pelos montes
largo a alma nas fragas sobre o rio
bebo nas pedras as gotas que restam
da última tempestade

e devagar regresso aos campos rasos
onde nem o vento agita a terra
e a perene imobilidade do ar
é bálsamo inquieto

resta a dúvida do que me preenche
a noite, o rio e o cheiro da tempestade
ou a doce melancolia onde o vento se aquieta