Falemos então de densidade. Segundo o dicionário:
1. Qualidade de denso; espessura.
2. Relação entre a massa ou o peso de um corpo com o seu volume ou com a massa ou peso de outro corpo do mesmo volume.
3. Fotogr. Grau de opacidade de uma imagem em papel ou filme.
Talvez fossem demasiado densas, a ansiedade inicial e a alegria que se seguiu. Talvez nada pudesse medir a espessura daquele vermelho infinito. Vermelho de esperança, de afirmação, de certezas improváveis.
Talvez os corpos se sentissem leves, como se a densidade tivesse baixado subitamente. E pudessem dançar, soltar-se de amarras longas…
Talvez até o grau de opacidade das imagens que restaram só realçasse os cravos na manhã de cinza.
Talvez… tudo isto aconteceu há muito tempo e hoje tenho a sensação duma explosão, intensa, densa… e breve.
[ A palavra do PPP era “densidade”. E a minha foto seria esta, qualquer que fosse a palavra. Porque, a este Abril longínquo, todas as palavras se aplicam. ]
1. Qualidade de denso; espessura.
2. Relação entre a massa ou o peso de um corpo com o seu volume ou com a massa ou peso de outro corpo do mesmo volume.
3. Fotogr. Grau de opacidade de uma imagem em papel ou filme.
Talvez fossem demasiado densas, a ansiedade inicial e a alegria que se seguiu. Talvez nada pudesse medir a espessura daquele vermelho infinito. Vermelho de esperança, de afirmação, de certezas improváveis.
Talvez os corpos se sentissem leves, como se a densidade tivesse baixado subitamente. E pudessem dançar, soltar-se de amarras longas…
Talvez até o grau de opacidade das imagens que restaram só realçasse os cravos na manhã de cinza.
Talvez… tudo isto aconteceu há muito tempo e hoje tenho a sensação duma explosão, intensa, densa… e breve.
[ A palavra do PPP era “densidade”. E a minha foto seria esta, qualquer que fosse a palavra. Porque, a este Abril longínquo, todas as palavras se aplicam. ]
Um bonito e denso post sobre Abril. Beijos.
ResponderEliminarDeixa-me só acrescentar:
ResponderEliminarQuanto mais tempo passa, menos densas ficam as memórias.
Não concordas ?
Denso... me lembra "n" coisas.
ResponderEliminarInteressante pensar nisso... denso!
Beijocas.
Tão denso... o assunto!
ResponderEliminarA espessura da porta não foi suficientemente forte... e o Abril abriu-se!
ResponderEliminarA relação das pessoas com o Abril começa nas escolas, nos primeiros ensinamentos.
O Abril apenas permitiu que um povo se recriasse. É passado.
Sem querermos voltar ao passado que Abril destronou, importa inventar um presente que sirva o bem-estar de todos, em geral.
A densidade da revolução, portadora de esperança e liberdade!
ResponderEliminarUma foto magnífica!
Beijinho
Adorei o teu texto! Da fotografia já tinha falado...
ResponderEliminar...mas com estas tuas palavras, a "coisa" ganha outra densidade:))
ResponderEliminarGostei muito desta densidade em tons de vermelho.
ResponderEliminarBeijo
A arte da fotografia ao serviço da densidade, da poesia e da memória.
ResponderEliminarUm beijo
dia(s) denso(s) e intenso(s)
ResponderEliminarbelos. apesar de tudo...
beijos
um bom texto sobre algo que se sente que a marcou e ainda tem importância para si. um cravo e um beijinho com os votos de um bom fim de semana!
ResponderEliminar25 de Abril sempre :-))
ResponderEliminarabraço
intruso
25 de Abril
ResponderEliminarde novo
Então falamos de flores.
ResponderEliminarEsta que tem uma densidade em água, para que possa manter sua energia vital de luz e cor com um único propósito de todo dia brilhar nos olhos a palavras esperança.
Admiro-vos.
Com carinho meu Ana.
Um lindo final de semana.
Só é pena que os valores de Abril estejam esquecidos e enterrados...
ResponderEliminarTodas: sonho, liberdade, cor, vontade, passagem.
ResponderEliminarDia tão leve e denso!
(poderei "tomar" a tua foto para um quadro? Se o "construir" mostrarei).
Beijinhos
Olha até chorei ao ler te!
ResponderEliminarobg por seres quem és!
bjo
A densidade está sempre presente na vida.
ResponderEliminarum abraço
tulipa
Se não for com cravos
ResponderEliminarque seja com papoilas
breves que se renovam
com memórias
Talvez....
ResponderEliminarLindo o teu post.
Jinhos mil
Os ecos das explosões não se "calam", viajam no espaço-tempo pela eternidade. E certos meses carecem de cultivo para que se mantenha, sempre, a sua verdadeira
ResponderEliminaressência.
Umb eijo!
belissima análise a tua...
ResponderEliminardesse abril que condensas na densidade - longinqua - de 74, tenho uma vaga idei de euforia dos outros. Foi nesse abril que perdi o meu pai, precisamente a 10 de abril. A alegria dos outros não se colava a mim. Felizmente, outros "abris" de liberdade me mostraram que nem todo o abril é mau, nem todos os cravos morrem. Entre ganhar a liberdade de ser criança - a minha da altura, real - e a liberdade dos outros expressarem - hoje a minha tb - o que sentem, perdi a placa tectónica e tive que á lei da bala fazer outra, alicercar-me. Em nome da liberdade, ganhei a liberdade de dar um peso á minha dor e é nessa liberdade da democracia - pouco visivel e cheiinha de escolhos, que estamos hoje. Viva a humanidade que Abril despertou. Bj
É bom manter Abril vivo, e fizeste-o na perfeição. Eu, como a liberdade, nasci neste mês. Deve ser por isso que gosto tanto das nuvens...
ResponderEliminarDensa a luta sob as botas cardadas.
ResponderEliminarO desafio da palavra quebrando as leis e as normas.
O vermelho, que rompeu as grades e o silêncio e se fez dança de alegria, na explosão de um Abril de todas as certezas, de todos os amanhãs.
Um beijo
O Abril de sempre , para sempre!
ResponderEliminarBeijito.
Densamente poético...
ResponderEliminarGrata por a companhia neste ano que passa...
|)’’()
| Ö,)
|),”
|Doce beijo da...
*Cöllyßry
Nós somos seres unicos!
ResponderEliminarfeliz 1º de Maio!
(Percebo taõ bem o post acima!)
bjo
densa
ResponderEliminardança
( densa-dança-vermelho-abraço :)
beijo
~
de novo:
ResponderEliminardensa
mente,
*
muito bom...
ResponderEliminarMesmos os contrários o diriam de Abril: leveza, vôo, alma, alegria...
ResponderEliminarBj