domingo, janeiro 10, 2010

gelo

by Harrier

gelada a extremidade dos dedos que não traça caminhos de fogo nem cria o desenho poético da palavra. cada gota de água penetra a terra, funde-se na lama dos sentidos. sem mais redenção o poema prende-se em estalactites de frio, pérola imóvel e sólida que nenhum rio acolherá. assim, como ninfa em casulo, o corpo é sangue e os dedos músculos que se alongam na procura do degelo.

20 comentários:

Paula Raposo disse...

Bonitas as tuas palavras, Alice. Beijinhos.

Mar Arável disse...

Recordo quando passei a pé

sobre um rio de gelo

M. disse...

O teu endereço de mail mudou? É que já te mandei dois ou três mails aos quais preciso que respondas por favor.

Manuel Veiga disse...

também o cristal é frio. e, no entanto, comporta o calor dos melhores vinhos...

belíssimo.

beijos

Benó disse...

Palavras bonitas e sentidas por quem respira poesia.
Um abraço.

A Lei da Rolha disse...

Inverno puro...mas com muito sentimento.
bjs

Violeta disse...

Boa semana,
com sol no coração.

as velas ardem ate ao fim disse...

gelo
por dentro e por fora!

bjo

Mel de Carvalho disse...

Alice,
Um enorme prazer lê-la, estimada amiga. Por vezes os dedos parecem gelados, os gestos não acontecem.
Em âmbar, perpétuas as palavras.

Fica um beijo
Mel

Anónimo disse...

Olá Maria como está?
Vejo que mudou de espaço...
Depois de muito tempo afastado decidi voltar e continuar a história inacabada. Já publiquei um novo passo e espero prosseguir com mais assiduidade!

Um abraço!

Maria Fonseca disse...

Blog-a-blog descobri mais uma pérola. Vou estar atenta.

vieira calado disse...

Muito bem escrito!

Bjs

Ana Echabe disse...

Mas se penetras a terra ...
logo a lama leva a larva
o caminho do fogo
a essência da alma
que invade os dedos
de um poeta imerso
no silencio da palavra.

Bjinhos e um ótimo final de semana pra vc feito lua cheia.

Heduardo Kiesse disse...

sim, muito lindas!
de-gelo que aquece cada vocábulo, cada palavra!


beijos

Laura Ferreira disse...

Gostei e revi-me.

Ana Echabe disse...

Não tive com dizer-te algumas palavras enquanto sentis a injustiça abater-te, pois não deixas-te espaço para que haja comentário e imagino que o silencio seja a melhor fala do momento. Mas houve ocasiões que me presenteou com palavras que abrandaram meus pensamentos deixando-me contente e agora de alguma forma sinto necessidade de retribuir o carinho estendendo-te a mão e afagando teu coração, ainda que seja em pensamento, sinto-me ao seu lado. Dentro do que acredito, peço luz pelos caminhos por onde trilha teus sentimentos.
Abraços fraternos.

bettips disse...

Nunca haverá sol que aqueça o gelo
das vidas idas
arestas cortantes.
Só o tempo; e esse também nos fere.
Abraço A.

Ana Echabe disse...

Faz-se demora o silencio.
Saudades.
Boa semana
bjinhos.

Luciana Marinho disse...

Vida de Vidro, o Máquina Lírica foi um dos blogs a receber o Selo Prêmio Dardos. Deixei a minha contribuição: a dificílima seleção de 15 blogs da lista de meus 42 preferidos. O Vida de Vidro foi um de meus escolhidos! Deixo a minha admiração pela tua bela sensibilidade poética. Confira o prêmio no Máquina Lírica.

Um abraço!

Cinzas e Diamantes disse...

Entre rodopios, sinuosidades, faz-se de singularidades. Puro requinte poético. Abração, Alice. Convido-a para conhecer o meu

www.cinzasdiamantes.blogspot.com

Abraço bom,
Antonio Nahud Júnior