sexta-feira, setembro 04, 2009

Palavras de entender o mundo

by Safak Tortu


Nas manhãs deste tempo, deixo entrar a brisa que faz cantar as árvores. Acordo sonhos adormecidos à míngua de estrelas. Longínquo há um vago som de água. Falarão outra vez as fontes que quebravam o morno dos dias? Para captar o murmúrio, calo o pensamento e deixo os sentidos vaguearem ao encontro das palavras de entender o mundo. Só de olhos fechados sinto o sabor de as misturar lentamente como se pintasse uma tela de um branco suplicante. Espalho a cor das palavras, devagar, devagar…

37 comentários:

Paula Raposo disse...

Sempre belas as tuas palavras. As de entender o mundo. Devagar, devagar...muitos beijos e um óptimo fim de semana.

Susn F. disse...

As cores vão preenchendo lentamente o branco suplicante.

(espero que as férias tenham sido em grande)

Sabe bem voltar aqui...

beijinhos

Ana Echabe disse...

O som da brisa
sempre gentil nos acaricia com sua doce fala
para nos indique caminhos,
como ela, que desliza pelos céus sem ter tido tempo de reconhecer todas as faces por onde passou,
segue em frente
pois o final existe sempre
um novo caminho.

Bjinhos e um final de semana feito uma tela de fundo branco e o centro matizes do rosa em movimento.

Poeta Punk disse...

Belas Palavras sempre. Adorei entrar aqui e ouvir um bom jazz de Miles Davis e John Coltrane!

ruth ministro disse...

Perfeito.

Luciana Marinho disse...

as fontes que quebravam o morno dos dias... "vida de vidro" é uma delas. chego aqui e sinto vontade de ficar (ouvindo a água escorrer como num riachinho).

mfc disse...

Um texto lindo de sons e sentimentos.

palavras disse...

É bom espalharmos as palavras...
gostei das palavras que li aqui.

um abraço
palavras

Mar Arável disse...

O melhor na vida

é quase sempre

devagar

CNS disse...

Numa tinta espessa rica nos matizes belos das tuas palavras.

Carracinha Linda! disse...

Saber encontrar as palavras para entender o mundo... é complicado. Como complicado é também saber ouvir para poder entender.

Beijinho!

(tinha saudades de passar aqui)

Manuel Veiga disse...

o remanso das fontes e o seu murmúrio... suavae e delicado

como oásis no deserto dos dias.

belíssimo texto.

gosto muito

beijos

Fá menor disse...

Devagar, devagar...
as fontes hão-de falar...
fazes bem em calar os pensamentos para ouvir o seu murmúrio.
Só o regresso à natureza nos encherá o coração.

Bjinhos

Lmatta disse...

lindo texto
boa foto

tulipa disse...

Sei que gosta de fotografia,
por isso
tomei a ousadia de lhe fazer um
CONVITE:
Estive 5 dias isolada do mundo, num encontro espiritual comigo mesma, num monte alentejano e, por isso tenho que muito rapidamente divulgar a minha próxima exposição de fotografia.

Desta vez será no “Norte” a pedido de várias pessoas, em Fevereiro passado, quando foi a minha 1ª exposição individual aqui próximo de Lisboa, na margem sul.
Como gosto de desafios, houve “alguém” que me desafiou e disse que colaborava, nem pensei 2 vezes e decidi tratar do assunto em Abril passado.

Chegou Setembro e será a minha rentrée cultural.
Fica o convite para quem vive perto e noutros casos, em que a distância impossibilita a presença de tantos bloggers, fica a participação do evento.

Venho reforçar que teria todo o gosto em que estivesses presente na minha rentrée.
Será muito próximo do Porto, em S. Mamede de Infesta.

Já fiz a divulgação no meu blog.

Abraços, TULIPA

O outro lado do espelho disse...

Apaixonantes as tuas palavras. senti a falta de passar por aqui e..de me encher de fascínio.

Bj

Oliver Pickwick disse...

Perscrutar as coisas mais sutis da vida. Poucos conseguem tal façanha tão bem como você.
Um beijo!

M. disse...

Muito belas estas tuas "Palavras de entender o mundo".

AugustoMaio disse...

Palavras muito belas

in_side disse...

lago laranja,

peixe

ver-de-lágrima:)




*

Maria Clarinda disse...

Como sempre deliciosa as tuas palavras. Jhs

R. Sant'Anna disse...

Sim, há cores nas palavras.

Belíssimo!

Nina Owls disse...

Para captar o murmúrio, calo o pensamento e deixo os sentidos vaguearem ao encontro das palavras de entender o mundo. Só de olhos fechados sinto o sabor de as misturar lentamente como se pintasse uma tela de um branco suplicante.

Tb faço isso, mas tu sabes exprimi-lo e fica a saber a novo.
Long time, no see, Alice.
Ais poucos a regularizar leituras.
Bj

Cöllyßry disse...

Está tão difícil entender o Mundo...

Que a brisa Te envolta,fresca e perfumada...

Beijo

Jorge Castro (OrCa) disse...

Folgo muito em apurar a constância da qualidade na tua esgrima das palavras. Essas de entender o mundo e que nos ajudam a conhecer-lhe nuances que, distraídos, estamos sempre a esquecer.

Beijos.

Violeta disse...

Uma sensibilidade sempre constante nas tuas palavras.
Bom fim de semana.
bjs

Lord of Erewhon disse...

Um achado: «tela de um branco suplicante»...

dona tela disse...

Desculpe a ausência, devida ao circunstancionalismo dos períodos de reflexão.
Cumprimentos.

Susn F. disse...

Continuas de férias? :)


beijinhos

Luís Mendes disse...

excelente a forma como espalhas a cor das tuas palavras.

Lmatta disse...

lindo
beijos

A Lei da Rolha disse...

Lendo os teus textos não é preciso a fotografia,sempre fantástico!
bjs

as velas ardem ate ao fim disse...

Tudo muito devagarinho...

um bjinho

mano maya kosha disse...

e estou descrevendo o que estou sentindo ? ou torcendo pra um dia sentir o que estou descrevendo ?

as velas ardem ate ao fim disse...

De repente deu me vontade de um abraço...
Uma vontade de entrelaço, de proximidade...
de amizade... sei lá...

Pois então:

Espero que aceites o meu abraço no Velas!

tulipa disse...

HOJE faço uma homenagem à minha sobrinha Tânia do Bookcrossing, falecida em Março passado:

Minha querida, um “grande amigo” recente, também da blogosfera, mas já real, em Abril passado, já depois da tua partida para sempre da minha vida, fez o percurso “Caminhos de Santiago” ( conheceu-te através de mim, do meu sofrimento, da partilha de emoções) e, juntamente com os seus companheiros de caminhada rezaram por ti e fizeram uma oferta pela tua alma, deixando no local um símbolo e umas florzinhas do campo.
LINDO, não é?
Aqui estão duas imagens desse “momento”.
Faço-te homenagem nos meus dois blogues, neste "teu dia".

Oliver Pickwick disse...

"Pintou" um microcosmo de rara beleza. A sua "paleta" de palavras é sutil como um vago som de água.
Um beijo!