sábado, fevereiro 07, 2009

o que devia estar perto



traz o ar um prenúncio
ou talvez um sussurro
pronunciado
pressentido
vem no vento a incerteza
do que devia estar perto
aberto
cavalga a pura brisa
um áspero sopro de secura
as ondas que me atingem o peito
convocam lembranças revoltas
nas mãos tenho só a brancura do sal
líquido sabor que as molha gota a gota



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Obrigada, Maria Dias. Este prémio é para todos os que aqui passam.


32 comentários:

  1. Poema fulgurante de silêncios iniciais, de sabores, de sentires.

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  2. traz o ar um prenúncio ...
    gosto desta sensação.

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  3. Incerteza se faz presente...

    Tem prémios, terno beijo

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  4. sobre o poema, está magnifico desafia-nos o ficar á escuta...quanto ao pronuncio, será vitória do benfica em terras do dragão? Tomara, Alice, a torcer contigo. bj

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  5. Pensamento a dois. O mar sempre sabe...

    Um beijo.

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  6. Maravilhoso o teu poema. E a foto idem. Gostei muito. Beijinhos.

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  7. E eu "ouvi" estas palavras ao som das ondas...

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  8. ... e o sal que molha o rosto não é mais do que uma onda trazida pelo vento.

    Bjinhos

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  9. o prenúncio de uma gota de sal (uma lágrima?)

    Lindo o teu poema, Vida.

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  10. Um poema de memórias...
    Gosto deste teu cantinho e daquilo que escreves

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  11. Nem sempre está perto o que desejamos , ou precisamos...
    Beijito.

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  12. Palavras que lidas em voz alta e, sem surpresa, se transformam em música. Fortes, recusam-se a ir no vento e permanecem, para tornar mais doce e suave o prazer de fechar os olhos.

    Sublime.

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  13. Há sempre o prenúncio de Primavera quando o presságio do inverno da alma nos atinge...

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  14. Esse poema me fez sentir uma saudade ou algo que era para ser e não foi.Belas palavras bordadas por ti num lenço branco de saudade.

    Beijos

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  15. Prenúncios ou presságios de uma vida do porvir... vida que remete a um dois.

    Bjs moça,









    Novo Dogma:
    convenHamos...


    dogMas...
    dos atos, fatos e mitos...

    http://do-gmas.blogspot.com/

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  16. Por agora o mar agita-se, revolve-se, inquieta-se enquanto a Terra, sua alma gémea, começa a espreguiçar-se e a aninhar o ventre à Primavera...

    abraços!

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  17. As lágrimas, por vezes, lavam a alma.
    Outras vezes nem tanto, são a amargura da distância...
    Em qualquer caso o teu poema é magnífico, gostei muito.
    Beijo.

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  18. Como é, ser o prenúncio de algo ?

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  19. No sopro da brisa, as lembranças...

    Te deixo um beijo

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  20. talvez o rumo da brisa mude. e todos os prenuncios sejam possíveis.

    muito belo.

    beijo

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  21. Agradeço duplamente.
    O poema e o prémio.

    É sempre um gosto passar por aqui

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  22. Poema forte com cheiro a maresia...

    A foto um encanto!
    Posso sentar-me aí um bocadinho?

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  23. Belíssimo poema, Vida. Cheio de imagens ligadas à natureza, que colam em nossa pele boas sensações marinhas.

    Lindo espaço. Irei navegar, com muito prazer, em suas belas águas.

    Beijo,

    H.F.

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  24. UMA SURPRESA:

    QUEM
    QUISER
    VER
    MAIS FOTOS DA MINHA EXPOSIÇÃO
    PODERÁ
    IR A ESTE BLOG:

    http://nunoalexsousa.blogspot.com/

    ACONSELHO VIVAMENTE.

    O MEU "PADRINHO"
    fez-me uma surpresa
    e um miminho,
    em vir à Moita ver a exposição e fotografá-la.

    Bom fim de semana.
    Abraços.

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  25. como sempre um poema lindo
    trazido na brisa

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  26. Belíssima a expressão "líquido sabor".

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