
Sabes que não sou bem eu
perdida no nevoeiro.
Sou alguém que em si se dobra
desdobra
em camadas
pedaços do corpo inteiro.
Não sou eu
num todo exacto
quem hesita no caminho
como se em labirinto
fosse ele transformado.
É alguém a mim ligado
sem fio
nem arame de equilíbrio.
Talvez alguém desterrado
do seu país sentimento
ou só alguém deslocado
naquele dia
naquele momento.
Volto, sim
invento o sol
que aquece os sentidos
e nos reflexos de mim
colo pedaços perdidos.
Foto by Ewa Brzozowska
Gostei muito da lucidez deste poema.
ResponderEliminarUm beijo.
Para além das palavras ...
ResponderEliminara música, de fundo,
linda,
mt bela,
... sempre !
sentido, o teu poema.
ResponderEliminarUm sério poema ao som de uma música marcante!
ResponderEliminar:)
Bj
Eu sabia que havia de continuar a sentir-me bem no teu espaço.
ResponderEliminarBelo poema. Música emocional e esteticamente a condizer.
Beijo.
"Eu não sou eu nem sou o outro. Sou qualquer coisa de intermedio..."
ResponderEliminarGrandes descobertas neste tempo de "hibernação"
Eu também não sou eu...
ResponderEliminarnão sou ninguém há demasia do tempo.
Mas tb nada sei.Talvez por estar simplesmente triste apetecia me rasgar dedos mãos.
bjinhos
Quantos sentimentos... intensos, um tanto nostálgicos, belos... e a forma que os expressaste: de enternecer coração e mente, amiga querida!
ResponderEliminarTe beijo, comovido.
já te disse que escreves bem?!...
ResponderEliminarcom ou sem nevoeiros...
sabes o caminho...
:)
B.
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País Sentimento!
ResponderEliminarComo se tornou, cada vez mais, difícil falar dos Países.
O nosso não se tornou, já o é!
Sentimento – Algo que vem de trás, connosco continua e com os nossos continuará.
Graças por isso!
Juntar “País e Sentimento” é, como costuma dizer quem conheço, uma “mistura explosiva”.
Sem dúvida... assim penso!
Bj´s
Muito bom - dos nossos sedimentos!
ResponderEliminarBelas as palavras, bela a ideia de "país sentimento".
ResponderEliminaro que importa mesmo é voltar sempre. e inventar o sol em cada reflexo dos sentidos. adorei o poema. belo.
ResponderEliminarAbsolutamente LINDO, e apesar da nota de esperança, eu senti tristeza... é triste quando temos que inventar o sol, mas é assim que temos que viver e continuar em frente.
ResponderEliminarUm beijinho grande
Cris
gostei do que li !
ResponderEliminarEstá sensacional.
ResponderEliminartens um talento admirável.
(Não podia deixar de comentar a tua edição de 18 Janº «A VERDADE?» no «Vemos, Ouvimos, Lemos»: o texto é excelente por deixar aberta uma remissão muito importante: a das três categorias paltónicas: o Bem, o Belo e a Verdade.
Acrescentaste a felicidade que se experimenta quando uma dessa categorias está presente e realçaste ainda o sofrimento, o desalento, o que for, sempre que se constata que a verdade apresentada, afinal, não era senão um tremendo logro, contemporâneo ou histórico.
Boa matéria para reflectir.)
:)
Muito bom...
ResponderEliminarGostei, li palavras que ficam... um abraço...
ResponderEliminarHá alturas em que não somos nós mesmos...sentimo-nos a viver a vida de outra pessoa.
ResponderEliminarSabes que não sou bem eu
ResponderEliminarperdida no nevoeiro.
não sei quem é, mas só alguêm muito especial pode escrever assim.
Sem querer senti Pessoa neste poema... Excelente.
ResponderEliminarUm beijo
Também gostei que o Jacques doirasse os teus "pedaços"!... :)
ResponderEliminarCom essa bela escrita não te perdes no nevoeiro, não. Voltas sempre e colas os pedaços. Belíssima música.
ResponderEliminarUm beijo.
Com essa bela escrita não te perdes no nevoeiro, não. Voltas sempre e colas os pedaços. Belíssima música.
ResponderEliminarUm beijo.
Lindo...Lindo...
ResponderEliminara esperança retratada nas palavras, na esperança do saber que voltas mesmo que tenhas que invenrar o SOL, porque ele aqueçe os teus sentidos... lindo.
um beijo da miudaaa completamente rendida às tuas palavras
um belo texto poético. da simplicidade aparenta em k nos move e leva, sem fios...
ResponderEliminarBj
Luz e paz em teu camninhar e oa teu redor
como diz a bandida, sabes o caminho, com ou sem atalhos, vais deireita ao coração, pá. aos nossos, com certeza.
ResponderEliminarTive a ver no palavra puxa palavra as vossas fotos. Uma delícia. Gostei da tua principal mas vi lá outra tua, ainda dentro do título fotosemana música. Mim like. e tb amei duas outras, se não estou em erro Teresa Silva, Teresa David, S,
Silence box, lol...dizendo de quais gostei:)))) uma do coreto, n me lembro de quem é,outra da Luísa e outra da Lícinia e outra....lol
enfim, eu que nada percebo das fotos, o único jeito é para ser fotografada, mas vou admirando o vosso trabalho feito com paixão.
Quanto ao poema teu, e parafraseando a bandida encontras o caminho de olhos fechados, mesmo quando te sentes apêndice espiritual de um corpo qualquer.
Beijo
És um poço de sentidos. E sabes despertá-los nos teus leitores.
ResponderEliminarBeijinhos
Afastar as nuvens com as mãos. Abrir o peito.
ResponderEliminarSenão existisses, terias que ser inventada..Mas Tu, pensas..para dentro e para fora de Ti..
ResponderEliminarA busca do equilíbrio..será isso a perfeição?
um abraço
intruso
Quero agradecer ao anónimo que assina "intruso" os comentários tão encorajadores e calorosos que aqui tem deixado. Gostava de poder agradecer doutra forma, por mail ou retribuição de visita (no caso de ter blog). Na falta destes, fica aqui o meu agradecimento.
ResponderEliminarJacques Brel...esta poesia...como no post anterior, levaram-me! Jhs mil.
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